sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Adeus



Adeus...

Ouço apenas os passos da escada, o barulho da mala, e uma lágrima no canto dos seus olhos.

Vc vai?

Sim, não posso mais viver aqui.

Você não acha melhor pensar mais um pouco. Naquele momento em meu pensamento senti uma louca vontade de me jogar nos seus braços, de ajoelhar se fosse necessário para que ele não me deixasse.

Eu não tenho mais nada a pensar, eu não posso conviver olhando para você, sentindo seu cheiro, sentindo a vontade de te colocar nos meus braços.

Eu não posso!

E você pode partir? Me deixar sozinha? E tudo que vivemos? Nossa história?

Nossa história não passa de um amontoado de lembranças, as mais lindas, mas apenas lembranças. Não é só de amor que uma relação é baseada.

Adeus.

Aquele adeus mutilou cada parte do meu coração, ele apanhou as malas e saiu da sala.

Sem olhar para trás, apenas saiu.

E eu me vi ali, naquela casa que me esmagava com todos aquelas fotografias, o cheiro dele impregnado em cada detalhe, nas colchas, na toalha, no sofá... como eu poderia continuar ali.

Sufocada, queria gritar, chorar, correr, queria tudo menos te perder.

Quando me dei conta já era de madrugada e estirada no chão daquela sala.

Me olhei no espelho e me vieram na cabeça as suas últimas palavras: uma relação não se baseia em apenas amor.

Foi quando eu entendi no que fere em uma relação não são apenas as palavras ditas, mas sim tudo aquilo que é calado, omitido.

Ele se foi, infelizmente não sozinho, carregou toda a minha alegria, todos os meus sonhos...nem toda a separação pode ser compreendida, apenas sentida.

Aquele adeus se fez em mim como uma chama de recomeço, a vida me cobrava para olhar para mim e só assim eu poderia fazer daquele adeus um até logo.

A minha chama de esperança...

Goodybye my lover...

Bethiara Lima

3 comentários:

Anônimo disse...

Adeus era Adeus do blog também? Já faz tanto tempo.
Porque parou?

Reduto dos Pensadores disse...

Aguardem em breve texto novo !

Camila Caringe disse...

Que "adeus" seja sempre breve despedida, preservando o lugar das coisas que importam.