quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vazio!


Vazio!


Existe mesmo? Quem te disse? Onde está o meu vazio?

Esta noite me perdi, as estrelas não rutilavam harmonia e nem se quer serviam de adorno para a nebulosidade do meu céu soturno e opaco, o que outrora servira de bussola hoje pertence ao vazio de minha arrogância.

Sinto este vazio crescer dentro de mim, talvez seja loucura, mas sinto-o.

A ausência da tua respiração ofegante em nossas aventuras mortifica-me gradualmente, meus sussurros representam o vazio da minha felicidade podre. Estou vazio?

Não quero enxergar o erro da resposta obliqua as analises dos sábios seres sonhadores, não quero a liberdade do querido quero-quero mero pássaro que desconhece os deuses antropozoomorficos. E quem os conhece? Os egípcios ora! Os estudiosos ora!

De hora em hora imagino o mundo sem seres humanos, animais, vegetais, vento, tempo, sem nada. Por que pensas assim?

Há quem acredita que a morte seja um eterno vazio obscuro, céticos ignoram tal hipótese, os físicos têm grandes definições sobre o vazio os matemáticos também, chego a crer que o vazio tem sua relevância.

Na atualidade temos um universo infinito de objetos tecnológicos e artesanais, enfim, simbolicamente detemos um mundo cheio e um vazio perene de indagações.

Cássio de Béggie


Um comentário:

Bethiara Lima disse...

vazio...

belas palavras..para um texto tão "solitário..."

Bethiara Lima