quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E o sertão vai virar mar


E o sertão vai virar mar

E o mar vai virar sertão

Antonio Conselheiro mal sabia (creio eu) o tamanho da profecia que dissera em tal afirmação.

As coisas mudam radicalmente hoje em dia

E acredite, as pessoas também.

O tempo vai passando como um trem sem maquinista,

Atropela que ta na pista,

E também os que não merecem estar.

E o sertão vai virar mar

E o mar vai virar sertão

Que nessa mudança não só geográfica

Mais comportamental, que eu e os meus

Nos conservemos assim

Poucos, mais sinceros

Puros, porem ligeiros

Áridos como os sertões e transparentes como o Mar.

Rafaela de Oliveira

sábado, 26 de setembro de 2009

Um lado bom do trânsito.

Para ler escutando Cupido- Maria Rita (por favor clique no video acima)

Como um Trânsito pode ser bom na vida de alguém? Geralmente as pessoas costumam reclamar do trânsito por causa do calor, pela falta de paciência, pelo incômodo ou porque estão atrasadas. Nesse dia eu estava atrasada, como diz uma amiga não poderia nem tropeçar e nem imaginar em pegar trânsito, estava com o tempo cronometrado. Entrei no ônibus e me deparei com um ser único e que me faz flutuar. Abri um sorriso e ele retribuiu. Conversamos sobre as nossas vidas e o que mais fizemos foi rir dos acontecimentos que muitas vezes temos uma visão pessimista. Ele não sabe, mas é assim que ele me faz sentir, ele me mostra o lado engraçado da vida. Com todo esse envolvimento, nem percebi que estava parada há quase 15 minutos no mesmo lugar. É uma pena que as pessoas não possam ter uma pessoa tão especial todas as vezes que pegassem trânsito, pelo menos não perceberiam o barulho das buzinas, as expressões dos motoristas estressados, o sol quente, a falta de conforto do transporte público ou seja não perceberiam o tempo passar.

Gaia.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Me respire



Penso em cada palavra dita,
Em cada carinho trocado,
Em cada beijo selado,
Em cada toque,
Em cada olhar,
Sinto saudade,
E por mais que queira esquecer,
Só de tentar esquecer,
Vejo-me a lembrar,
Você desaparece,
Aparece,
E cada vez que aparece, sinto como se o tempo parasse...
E volto a te buscar,
A te querer,
A sonhar,
A saudade dói,
A distância machuca
.
.
.
Não sei se culpo a rotina, o tempo, à distância... Ou se tento entender que existe apenas um esperar...
.
.
.
B.L.

domingo, 20 de setembro de 2009

Presença Vazia (solidão)


Esqueci a risada
A solidão bate no peito mais a porta é arrombada
A vida parece tão alta e to no inicio da escada
Onde subo e desço me pergunto se mereço
E se a solidão tem endereço...
Eu apago ela do mapa que eu vivo
E eu quero subir...Mais pra cair é o incentivo!
Apareceu no breu essa presença vazia
Todas vezes que passei por isso o inimigo ria
Tremendo querendo vendo o que ta acontecendo pra isso estar desenvolvendo percebi que era eu mesmo que tava fazendo
Essa imagem da figura que ilustra o meu medo
De minuto em minuto fica tarde mais pra ela sempre será cedo
Sem tempo e sem pressa...
Quer me distanciar de qualquer conversa a mente fica mais dispersa isso é o declínio que regressa pro rumo de uma brecha, a tristeza ta do outro lado da rua e ela diz ATRAVESSA!
Invés de lagrimas saem palavras do profundo interior
Se a vida é bela e doce eu tinha esquecido a beleza e o sabor
O clamor...Em orações foi a resposta
Pra saber que o ponto de interrogação no coração é o que o inimigo gosta
Lido com a solidão como se fosse algo sólido
Pra joga-la longe antes que eu fique mórbido
E resgato...Lembranças da gaveta aumentam como se fosse um diário
Lembrando quando saia como lobo solitário
Querendo esquecer ela pra lembrar das alegrias
Não adiantava porque a solidão foi à companhia
Da agonia, faça chuva faça sol, seja noite, ou seja, dia.
Eu nunca vou esquecer, como ela fez aquela madrugada ficar fria...
E tensa pensa se compensa e vença essa batalha imensa
Se convença que essa luta é espiritual
Onde a conseqüência do deslize é sempre fatal
Cada um cada qual, entre o bem o mal.
Eu poderia te dizer a saída desse labirinto na moral
Mais a busca pra ter um feliz final...É individual!...Somente só, só, só...


J

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ele disse adeus...




Tínhamos um casamento perfeito. Perfeito demais, não brigávamos, tínhamos gostos parecidos e nada era novo em nossas conversas.
A rotina me parecia um abismo, Jorge chegava do trabalho pontualmente, todas as quintas era o dia que saiamos para comer uma macarronada, isso já fazia 10 anos. Isso mesmo era, ou sou casada com Jorge há 10 anos.
Não tínhamos filho, por minha opção. Pelo Jorge, teríamos uns 4 filhos. Eu não me sentia preparada para ser mãe, mais sofria ao ver a frustração do meu marido por não termos filhos.
Ele não era um homem muito carinhoso, era como ele mesmo se definia “prático”. Essa praticidade se estendia na cama, até mesmo o sexo parecia igual nesses últimos anos.
Em meus quase 30 anos, sentia que minha vida estava num marasmo, e a noite tinha pesadelos, imaginando que estaria com 60 anos, comendo macarrão na quinta.
Não pensem que não tentei conversar com Jorge, sobre essas crises que sentia. Procuramos terapia em casal, só que ele não mudava. Dizia que já estávamos casados e que era para eu parar de procurar problemas que não existiam.
Jorge não conseguia compreender que eu estava cansada de toda aquela situação. Pedi para o chefe para sair mais cedo, trabalhava como bibliotecária, e até mesmo meu pacato trabalho, estava me dando nos nervos.
Chegando em casa, decidi ligar a TV nesses fantásticos programas que passam a tarde, quando apareceu uma terapeuta sexual que disse: “ se vc está enfrentando problemas com o parceiro, nada melhor que uma lua de mel, uma viagem para uma nova reconquista”.
Era quinta-feira, esperei o Jorge chegar me arrumei e o aguardava ansiosamente. Jorge na porta me olhou e disse: Querida, vamos comer o macarrão?
Eu disse que essa quinta não teria macarrão, e que iríamos fazer uma viagem de lua-de-mel. Jorge perguntou se eu havia enlouquecido. Nesse momento me vi completamente enlouquecida e disse que estava farta do nosso casamento. Quando ele pegou em minhas mãos e disse que precisava conversar comigo.
Jorge estava sério demais, ansiava que ele tivesse compreendido o que me angustiava. Quando ele olha nos meus olhos e diz: “Querida, não podemos ficar mais juntos.”
Nesse exato momento, eu senti um aperto no peito. E o questionei se ele também estava insatisfeito com a nossa rotina.
Jorge me relata que estava com um caso há mais de 3 anos, com uma menina de 22 anos e que a talzinha estava grávida. Não quis acreditar quando ele me disse, quis esmurrá-lo, se tivesse uma faca, juro que o matava.
Com lágrimas nos olhos eu perguntei qual o motivo dele me trair tantos anos, ele disse que também estava insatisfeito com a nossa rotina, a mantinha por julgar que eu estava feliz. Eu disse que o tempo todo, tentava mostrar a ele que estava infeliz.
Quantas palavras não foram ditas, percebi naquele momento, que havia uma parede entre eu e aquele homem que um dia julguei amar. Eu apenas falava e ele silenciava e dessa forma fazíamos com aquela parede se tornasse uma barreira imensa em nossa relação. Os dois estavam errados, em 10 anos aquela parecia ser nossa primeira conversa franca.
Jorge vira e diz que eu também não ouvia, e nem sequer quis saber do sonho dele de ser pai.
Com lágrimas nos olhos o abracei e pedi que fosse embora. Jorge disse que me amava, mais nós dois sabíamos que não havia mais desejo e paixão entre nós.
Arrumei as malas dele e pedi para que ele fosse feliz, ao vê-lo saindo com as malas, me dei conta do quanto nós dois estávamos infelizes juntos, não que isso justificasse a traição do meu marido, mais deixamos a rotina ser à frente da nossa relação, com medo de nos magoarmos, deixamos as coisas correrem, e quando busquei uma mudança, essa mudança era muito tardia.
No fundo me sentia feliz por Jorge realizar seu sonho. E agora eu tinha que pensar quais sonhos eu tinha... buscar novos horizontes. Uma coisa era certa, nunca mais comeria macarrão na quinta.
Bethiara Lima

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ana

Ana, a nossa heroína... Ou apenas Ana. Aquela que nem mesmo o nome apresenta grandes mudanças, acostumada a sua vidinha premeditada e uma pacata rotina. Sem grandes feitos a filha doce, a amiga compreensiva e a estudiosa moça... Essa é Ana...
Cansada de sonhos não concretizados, a jovem escondia um espírito inquieto e uma vontade de se entregar ao mundo, de viver fantasias que somente confidenciava ao seu travesseiro.
Obediente aos pais, ela nunca os desobedeceu, jamais ficou de castigo. Uma aluna com o melhor boletim da escola, e a amiga ou a melhor ouvinte que poderia existir. Essa era a Ana, o que teria errado se tudo o que foi narrado.. Apresentam apenas qualidades...
O erro aparece quando Ana conhece Gabriel, o rapaz com alma de pássaro, o palhaço, aquele que o limite da vida, só podia ser ele mesmo.
Gabriel representava a liberdade que Ana almejava ,a libertação das amarras que a própria moça se prendeu....Ana era insegura demais para compreender que antes das qualidades que carregava, poderia carregar defeitos e se permitir não ser a melhor aluna, a falar ao invés de apenas ouvir, que podia ser apenas ela e se aventurar em riscos...
Sonhava todas as noites com Gabriel, e cada palavra que trocavam se desprendia da gaiola encantada em que se encontrava, as palavras do rapaz a desafiavam a percorrer suas vontades e se desprender de sua pacata rotina. Faziam com que a moça se questionasse até que ponto viveria uma vida imposta, ou escreveria seus passos.
A vontade de seus pais era que a jovem seguisse direito, os pais sempre investiram nisso, era o sonho da família, entretanto, o sonho de Ana era apenas um: o palco. O palco fazia com que Ana pudesse ouvir sua alma, era sua maior realização. Era desajeitada com seu corpo e tinha vergonha de cantar em público, sabia que não seria feliz se não pudesse dar vazão ao seu interior.
Gabriel era o palco de Ana, era toda a luz que almejava, era um homem com alma de menino, e para anjo faltavam-lhe apenas as asas. Asas que se faziam presentes quando estava em cena.
Ana iniciou o curso de direito, era enfadonho seguir com tudo aquilo, mais não podia desapontar seus pais. Pintava um sorriso pelo qual não existia, sabia que gastava tempo e esforço com uma atividade que não lhe causava prazer. Mais não podia deixar de ser a filha doce e a boa aluna.
A cada instante se mostrava distante de suas amigas, não estava pronta para apenas ouvir, com um coração carregado de palavras presas. Não queria perde-las, e muitas vezes mesmo contra a vontade silenciava e como a boa ouvinte, escutava cada palavra.
Sua fuga se apresenta nos relatos de Gabriel, por nenhum momento trocaram um abraço, ou se quer se tocaram... Faziam-se presentes apenas pelas palavras, mas quando estava com Gabriel. Ana podia ser ela mesma e expor seus anseios, suas ilusões e partilhar com ele o sentido de estar em cena, à magia de representar... Não precisava carregar as qualidades, bastava apenas ser ANA.

“Siga sempre na direção em que seu medo cresce." Bethiara Lima

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Indireta. . .



Como se fosse brincadeira
Fazer com que meus sentimentos
Se tornassem sofrimento
Pela vida inteira

Como se carência fosse meu subterfúgio
E o teu peito se abrisse
Para eu viver em meu eterno refugio

Isso se encaixa na pirâmide
Do conhecimento falso
Irredutível e inebriante
Não serei salvo

Sobreviverei apenas como um alvo
Onde as flechas das incertezas
Acertam o foco

Pouco me interessa
Hoje sua compreensão
Fui enganado pela astucia humana
Composta por fraude, ódio e rancor
Eterna ilusão

Sem saber se o meu caminhar
Agrada-me de fato
Conheço meus amigos
Eles: baratas, germes e ratos

Estou faminto pela podridão
E ambicioso para ser o alimento
Dos pequenos seres
Que do meu corpo fazem
Um saboroso banquete.


Cássio de Béggie

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tenho febre




Tenho febre
E ânsia que transcende
Cede ao meu corpo o insólito
Meus vômitos
Descrevem agonia

Meu relato é sombrio
E os corajosos temem
A ouvi-la

Corro, fujo sem esperança
De mudança
A temperança não existe
No prazer impudico da morte

Tenho febre
E esta se intensifica
A cada segundo
Meus olhos estão sensíveis
A luz

Apupado pelo desvairo
Dos meus batimentos cardíacos
Chego à única certeza de que. . .

Tenho febre
E esta me congela
Cessa a corrida dos glóbulos
Dilata e fixa minha pupila
E seca meus vasos sanguíneos
Tinha febre

Cássio de Béggie

terça-feira, 26 de maio de 2009

Caos Interior


Mas com tanta vida interior em mim, tanta vontade de criar, cantar, pensar, “causar” e explorar o mundo, me parecia muito chata aquela vidinha monótona, vazia, administradinha e burocrática. Como até hoje ainda me parece. Rafael Cortez

Me sinto exatamente assim, como uma vontade que pulsa meu íntimo de me libertar de todas esse marasmo que toma conta de mim.Me vejo massacrada e meus sonhos e ideais deixados de lado.
Não pense, não fale, não argumente. Cale-se, não pense e não reaja. Seja passivo, obediente e que destruam sua capacidade intelectual, o que mais me vale é a ninharia do final do mês!



Nunca, em toda minha vida, pude conceber a idéia de trabalhar com clientes atrás de um balcão – com tantas aspirações artísticas e inquietudes criativas, sempre tive clareza que a vida comercial seria minha morte, e hoje essa certeza é ainda maior. Rafael Cortez


E sinto que não buscar uma transformação, estarei morrendo em vida a cada instante.
Quando vejo que o tempo que poderia estar criando e dando vazão ao meu intimo estou me definhando, fazendo tudo aquilo “pelo qual é esperado”, usando minha inteligência para coisas supérfluas, que não fazem sentindo pra mim, sinto-me fraca.
E sei que tenho que lutar e sair do estado de comodismo, que eu mesma me coloquei, não sei por onde buscar, só sei que para a salvação da minha essência o caminho a ser percorrido nesse exato momento tem apenas um nome: Mudança!


Bethiara Lima

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quando o invisível nos salta aos olhos



Ali, num cruzamento, entre construções ostensivas, onde nenhum desconto é o bastante para o consumo justo e justificável, ele vagava cambaleante com uma moedinha numa mão, e a outra vazia.
Desistido de entender sua própria realidade, mas também a outra que não era a dele, não entendia mais nada, e nem queria mais.

A temerança substituiu a temperança e era somente com ela que ele batia de levinho, a mãozinha fraca no vidro fumê que acelerava um pouquinho à sua aproximação. Só por higiene, nada pessoal.
Quem tinha a sorte de vê-lo, passando bem diante dos faróis, notava logo a desdita e desviava a mirada. Outras poluições eram bem menos desagradáveis do que aquela, inútil que era, pousada num ser sem banho.

E os passinhos seguiam cambaleando o ser, equilibrando uma existência em quase nada, no meio fio da falta de valor. Afinal, que valor pode ter alguém sem banho e sem mais moedas a não ser as que lhe dão? Nenhum, é claro! O valor de alguém vem das moedas que tem e alguém que tem moedas decerto teria um banho também.
O rostinho apagado e puído, escondido numa fragilidade vergonhosa e envergonhada, mal podia deixar que seus olhos se mostrassem àqueles a quem olhava sem ver.

Como se vestisse um saco de pão e um sapato antes gasto do que jazia agora a seus pés, tudo lhe ancorava e lhe desistia. Até que o semáforo, corado de falta de jeito e desaprovação, aliviou-se em permissão para que todos se livrassem de tamanho constrangimento. Todos, menos um. E aquele semáforo entendeu a relatividade de Einstein em menos de um segundo.

Texto e foto:
Camila Caringe

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Hipocrisia



Como senti necessidade de escrever esse texto, uma palavra presa na minha alma de alguma forma relutava em sair.

Como todos os dias, sai para trabalhar, aquela velha rotina que me persegue e enquanto subia a rua, vi uma menina jogada na rua, não parecia ser uma menina de rua, pelo contrário estava bem arrumada mais jogada na rua, ensangüentada, parei e fiquei olhando em volta, as pessoas simplesmente passavam, passavam como se aquele corpo estendido ali não representasse nada, foi apenas um resto de comida, lixo..Em questão de minutos me veio um turbilhão de pensamentos, o q teria acontecido com aquela menina, para que ela estivesse jogada daquela forma na rua, o que seria aquele sangue na roupa dela, o que ela teria feito de mal, o que mal fizeram a ela.Olhei para o relógio faltavam 5 minutos para eu chegar no trabalho, olhei por uma então “última vez” para aquele corpo estendido e pensei que seria apenas mais uma a olhar e não fazer nada, por um alguém que necessitava de uma ajuda. Que eu seria apenas mais uma alienada, que vive em uma função de uma rotina, que vê um monte de gente precisando de ajuda, e fecha o olho para todo o tipo de necessidade que não seja a minha e para justificar ou minimizar minha culpa eu simplesmente coloco uma venda nos olhos.

Continuando meu relato, segui meu caminho e olhei para o alto, como se quisesse pedir desculpas aos céus, que por mais que desconhece a causa que fez com que aquela menina estivesse naquela situação eu seguia meu caminho, sem ao menos tentar ajuda-la. E me questionei quantas pessoas passaram no meu caminho e por estar “atrasada” com problemas pequenos eu não ajudava....Quantas vezes eu não ajudava a mim mesma, e deixava um monte de sonhos, de realizações jogados em uma calçada. Por que estava atrasada com “compromissos que julgavam serem mais emergenciais que a minha própria vida”

Quando voltei para almoçar e passei pelo mesmo local, a menina não estava mais lá, provalvemente alguém a tenha ajudado, ou ela acordou.Difícil tentar explicar...Mais me veio o seguinte questionamento “se eu deixar meus sonhos na sarjeta, até quando eles estarão ali para serem concretizados?” A hipocrisia anda de mãos dadas com a alienação, que a minha alma possa ser livre de ambas...

Bethiara Lima

domingo, 22 de março de 2009

Voa pensamento !



Valeu! voa pensamento para que a liberdade não seja pouca e as vibrações solidárias contagiem a humanidade superando as injustiças. É a democracia da palavra inaugurando os tempos da vida plena para todos e todas, dos quais mal conhecemos a aurora. Valeu a brincadeira. Brincadeira é coisa séria. Que haja muitos brincantes. Abraço,


Salvador

sábado, 21 de março de 2009

Parece que estão cegos




O grande escritor português José Saramago já dizia: “se enxerga, vê; se vê, repare”. Nada tão difícil, apenas algo que passa despercebido. Assim como o sentimento mais desprazível que domina a sociedade.

O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa.

Mas, há outras ações que impedem que isso se amenize. A hipocrisia faz com que preconceituosos não reconheçam seus execráveis pensamentos. Pensamentos esse que é como uma bola de neve que ganha cada vez mais forma quando a sociedade e a mídia se unem a essa catástrofe.

É como uma tatuagem. Um desenho enorme feito nas costas que a pessoa que tem não enxerga, mas que ela passou para traz enxerga nitidamente. Ou então, é só colocar uma camisa que esse “desenho” se camufla. A hipocrisia é isso: sempre se esconde um ato, mas está perpetuado na pele.

A exclusão social, de um modo geral, caracteriza-se por afastar o indivíduo do meio social em que vive. Pode estar relacionada a vários fatores dentre a raça, sejam eles políticos, econômicos, religiosos, entre outros.

O preconceito é um entrave do desenvolvimento e do relacionamento da humanidade. É uma arma que dói, que perfura, que maltrata. É indiscutível sentir o preconceito e, somente é capaz de percebê-lo quem já sentiu.

Fato esse que foi tratado no filme de Steven Spielberg. “A Lista de Schindler” foi um dos primeiros filmes a retratar a violência da II Guerra de maneira extremamente direta, incluindo cenas de tiros disparados contra a cabeça de judeus indefesos, cenas de crianças solitárias, à procura de esconderijos e fugindo da crueldade dos oficiais nazistas.

E é por estas e outras que comparamos todas as formas de preconceitos. Há uma frase que diz: “Ninguém pode conquistar o mundo através da força bruta. Nossa maior conquista é a transformação íntima que devemos fazer em nós mesmos, a fim de melhorarmos nossa relação com o mundo que nos cerca. Quando praticamos maldade contra nossos iguais morremos a cada dia um pouco mais, tanto no corpo quanto no espírito.”

Combater o preconceito racial, ou qualquer outra origem que for, não é uma questão simplória. É preciso que a nossa história seja contada sem trauma nem rancor. O passado de preconceitos não se pode refletir em um futuro de discriminações, mágoas e dívidas a pagar.
Carol Oliveira

quarta-feira, 11 de março de 2009

AVENIDAS DOS SENTIMENTOS

“Dois olhares duas bocas e um silêncio, repentino e extenso que muito diz aos corações apaixonados que trafegam pela perigosa avenida dos sentimentos, onde as ruas são as emoções, os carros são as pessoas, os semáfaros são as desilusões e as esquinas são tristes, ladeira abaixo sigo desgovernado rumo ao cruzamento das incertezas da paixão, onde minha insegurança e a minha ansiedade se colidem de frente em um acidente violento do destino, que mata as minhas esperanças de viver amando e sendo amado.”

CARIOCA

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Livre...




Virginia vivia a sonhar com o seu amor, mais não queria ser apenas uma boa dona de casa, nem uma dedicada mãe.
Ela queria o mundo, queria conhecer lugares inusitados, sua alma tinha fome de liberdade..Ao mesmo tempo em que sonhava com aquele pelo qual ela devotaria todo seu amor e toda sua dedicação.
Dividida entre a liberdade, e sua vontade de se entregar ela percebeu que por mais que quisesse nunca poderia ser livre, ao se entregar ao amor..Porque o amor é a mais doce prisão que pode se aprisionar o coração;
Seguia nossa heroína, vivia uma vida pela qual nem ela mesma compreendia, se dividia entre um curso que apenas gostava, um trabalho enfadonho e se entregava à arte com a sua alma, mais de tudo que a moça fazia...O que menos sobrava era tempo para si, ela simplesmente corria, corria...Tendo medo de nunca chegar.
Passa o tempo e Virginia, sozinha, ao mesmo tempo em que vivia rodeada de pessoas iluminadas, se sentia um belo pássaro preso a uma gaiola de ouro...
Descobriu que por mais que estivesse dividida entre sua liberdade, e a busca de um amor.Ambos a manteriam presa, pois, nunca se é livre por inteiro.

Bethiara Lima

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

indePédente


O bonde passa cheio de pernas:pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meus Deus, pergunta o meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. (Poema de sete faces)



Com elas eu vou além, alcanço o que dantes era impossível.. a cada pernada aprendo, erro, acerto, e continuo tentando. Alvo e fronteira transpostos pq? ah pq esse conjunto de ousadia é forte, impetuoso, seguro, certeiro e preciso.. caminho, corro, entro, saio, mudo a direção quando se faz necessário.. benditas são!!! Meus joelhos, me aguentam, me soerguem qd doem pelo uso descontrolado .. tornozelos, eles tb sentem minha vida, carnudos, taludos, sublimes... meus pés ahhh os meus pés descalços vão pisando as ruas dessa vida, pedras, espinhos no caminho, mas nada pode impedir esses meus pés.. eles caloados mas lavados são uma marca e uma cura que me empurra e me faz dizer: SAI! QUE AGORA EU QUERO PASSAR!



(Alaine Santos)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

FAÇA A SUA PARTE



SE VÔCE NÃO PREGAR ELES PREGARÃO.BEM OU MAL MAIS ELES PREGARÃO.GIGANTES PELA PRÓPRIA NATUREZA,FRÁGEIS E INDEFESAS.












SE VÔCE NÃO AMAR, ELES AMARÃO,BEM OU MAL MAIS ELES AMARÃO












O MAIOR MANDAMENTO DE TODOS É O AMOR.












AMAI O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO.LIVRE-SE DA SUA SOBERBA , E DE LUGAR A HUMILDADE.LIVRE-SE DO ÓDIO, E DE LUGAR A CARIDADE.









A PALAVRA DE DEUS DIZ:IDE E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA.ESSA É A ORDEM DE DEUS A NÓS.













SE VÔCES NÃO FIZEREM,ELES FARÃO, BEM OU MAL ELE FARÃO.















SE VÔCE NÃO FIZER,ELES FARÃO, BEM OU MAL MAIS ELES FARÃO










EM QUANTO VÔCE VIVE SEU CRISTIANISMO PARTICULAR,ELES FARÃO. BEM OU MAL MAIS ELES FARÃO.










EM QUANTO VÔCE SE OMITE, ELES FARÃO. BEM OU MAL MAIS ELES FARÃO