quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ignorantes dissimulado de Experiente




Realmente, conviver sendo ignorado por profissionais da educação, é algo constrangedor e horrendo, ainda mais quando você é um estranho no ninho, quero dizer quando se é novo demais assolado de pessoas mais velhas. Nada contra aos experientes, o problema está nas atitudes que alguns cometem, dizem ter idéias fantásticas e congruência em suas opiniões formadas, incrivelmente a grande maioria são travestidas e hipócritas, pois querem jovens com um interesse maior pelo estudo, concordo, a educação mudará o mundo, nisso eu creio veementemente, mas para nos interessarmos, necessitamos de atenção sem isso, fazer com que esse desejo se concretize será um trabalho mais penoso do que já é.

Bom, vou relatar um pequeno trecho de algumas situações que passei e ainda passo na escola, (detalhe na sala de aula), o sistema educacional do Brasil é um dos piores no mundo, motivos se difundem então especificarei relatando o que me ocorreu durante uma aula de Geografia, em alguns pontos pode ser sarcástico, mais cuidado isso pode acontecer com seu filho se é que ele cursa o Supletivo, enfim era uma quarta-feira noite ilustrada de estrelas com brilhos genuínos, o calor humano dos alunos ia suprindo o frio causado pelos corredores e pisos gelados, a aula era dobradinha (2 aulas consecutivas), o assunto que a professora Lurdes escolhera era peculiar e importantíssimo, “Efeito Estufa” e os principais causadores.

Um acontecimento que vem sido tratado com mais cautela e atenção hoje, (em situações que se não cuidarmos tornará em um futuro iníquo para o mundo), enfim durante a aula a professora pediu citações dos causadores, e o que resultaria a intensa emissão de Co2, nomes voavam pela sala, cabeças esfumaçavam de idéias, com tranqüilidade citei algumas indústrias entre elas de cimento e siderúrgicas, falei das queimadas, mas nada escutaram, pensei deve ser a balburdia que atrapalhou, falei mais alto e com a mão içada, nada escutaram, entre diversas citações de alunos mais velhos, todas foram transcritas para a lousa, algo indignou-me até “policial que dançou a piriquita ali estava, enquanto isso uma voz de fundo (eu) lutava para ser escutada, pouco a pouco foi se tornando escassa, o que era sério tornou-se brincadeira entre os “alunos nota 10”que assim se auto-rotulavam, e meu único desígnio era ser compreendido e escutado, uma missão que se falhou. Bom posso estar errado, mas muitos jovens sofrem pré-conceito por idade não só nas escolas mas em outros lugares, digo uma coisa o Brasil está em transição demográfica jovens se tornaram adultos, crianças jovens e adultos idosos, perante essa atitude medonha como será o amanhã? A resposta eu não deixarei prefiro a reflexão dos que lerem essa crônica, de uma coisa estou convicto, reprimir é pior, por via de regra lute por seus ideais e reparta o fato com seus (atenciosos) colegas e familiares, que por minutos lhe darão a atenção necessária.

“Ninguém e tão grande que não possa aprender e nem tão pequeno que não possa ensinar”

Sob isso tenho plena convicção e esperança que esse rumo mudará!


Thiago da Luz, 17 anos São Paulo!

Um comentário:

J disse...

Muito boa a Crônica hein Costela, assim percebe-se que a atenção está escassa tanto quanto o preconceito está em alta, ainda que pude presenciar o fato acontecido na sala de aula, e foi claramente isso mesmo, ouvidos para os que se dizem ser os bons e ignorância para os raciocínios simples e corretos.
É isso, o importante é o que importa!