O grande escritor português José Saramago já dizia: “se enxerga, vê; se vê, repare”. Nada tão difícil, apenas algo que passa despercebido. Assim como o sentimento mais desprazível que domina a sociedade.
O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa.
Mas, há outras ações que impedem que isso se amenize. A hipocrisia faz com que preconceituosos não reconheçam seus execráveis pensamentos. Pensamentos esse que é como uma bola de neve que ganha cada vez mais forma quando a sociedade e a mídia se unem a essa catástrofe.
É como uma tatuagem. Um desenho enorme feito nas costas que a pessoa que tem não enxerga, mas que ela passou para traz enxerga nitidamente. Ou então, é só colocar uma camisa que esse “desenho” se camufla. A hipocrisia é isso: sempre se esconde um ato, mas está perpetuado na pele.
A exclusão social, de um modo geral, caracteriza-se por afastar o indivíduo do meio social em que vive. Pode estar relacionada a vários fatores dentre a raça, sejam eles políticos, econômicos, religiosos, entre outros.
O preconceito é um entrave do desenvolvimento e do relacionamento da humanidade. É uma arma que dói, que perfura, que maltrata. É indiscutível sentir o preconceito e, somente é capaz de percebê-lo quem já sentiu.
Fato esse que foi tratado no filme de Steven Spielberg. “A Lista de Schindler” foi um dos primeiros filmes a retratar a violência da II Guerra de maneira extremamente direta, incluindo cenas de tiros disparados contra a cabeça de judeus indefesos, cenas de crianças solitárias, à procura de esconderijos e fugindo da crueldade dos oficiais nazistas.
E é por estas e outras que comparamos todas as formas de preconceitos. Há uma frase que diz: “Ninguém pode conquistar o mundo através da força bruta. Nossa maior conquista é a transformação íntima que devemos fazer em nós mesmos, a fim de melhorarmos nossa relação com o mundo que nos cerca. Quando praticamos maldade contra nossos iguais morremos a cada dia um pouco mais, tanto no corpo quanto no espírito.”
Combater o preconceito racial, ou qualquer outra origem que for, não é uma questão simplória. É preciso que a nossa história seja contada sem trauma nem rancor. O passado de preconceitos não se pode refletir em um futuro de discriminações, mágoas e dívidas a pagar.
Carol Oliveira