segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Livre...




Virginia vivia a sonhar com o seu amor, mais não queria ser apenas uma boa dona de casa, nem uma dedicada mãe.
Ela queria o mundo, queria conhecer lugares inusitados, sua alma tinha fome de liberdade..Ao mesmo tempo em que sonhava com aquele pelo qual ela devotaria todo seu amor e toda sua dedicação.
Dividida entre a liberdade, e sua vontade de se entregar ela percebeu que por mais que quisesse nunca poderia ser livre, ao se entregar ao amor..Porque o amor é a mais doce prisão que pode se aprisionar o coração;
Seguia nossa heroína, vivia uma vida pela qual nem ela mesma compreendia, se dividia entre um curso que apenas gostava, um trabalho enfadonho e se entregava à arte com a sua alma, mais de tudo que a moça fazia...O que menos sobrava era tempo para si, ela simplesmente corria, corria...Tendo medo de nunca chegar.
Passa o tempo e Virginia, sozinha, ao mesmo tempo em que vivia rodeada de pessoas iluminadas, se sentia um belo pássaro preso a uma gaiola de ouro...
Descobriu que por mais que estivesse dividida entre sua liberdade, e a busca de um amor.Ambos a manteriam presa, pois, nunca se é livre por inteiro.

Bethiara Lima

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

indePédente


O bonde passa cheio de pernas:pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meus Deus, pergunta o meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. (Poema de sete faces)



Com elas eu vou além, alcanço o que dantes era impossível.. a cada pernada aprendo, erro, acerto, e continuo tentando. Alvo e fronteira transpostos pq? ah pq esse conjunto de ousadia é forte, impetuoso, seguro, certeiro e preciso.. caminho, corro, entro, saio, mudo a direção quando se faz necessário.. benditas são!!! Meus joelhos, me aguentam, me soerguem qd doem pelo uso descontrolado .. tornozelos, eles tb sentem minha vida, carnudos, taludos, sublimes... meus pés ahhh os meus pés descalços vão pisando as ruas dessa vida, pedras, espinhos no caminho, mas nada pode impedir esses meus pés.. eles caloados mas lavados são uma marca e uma cura que me empurra e me faz dizer: SAI! QUE AGORA EU QUERO PASSAR!



(Alaine Santos)